Grupo de Estudos Interdisciplinares

Ensaio Sobre Pedagogia-Educação Social

Created by potrace 1.16, written by Peter Selinger 2001-2019
Cadernos do GREI nº20

CADERNOS

do GREI

Este ensaio retoma traços da herança teórico-conceptual na pedagogia-educação social para um saber de tipo emancipatório. Defende-se a reconstrução dum paradigma de resistência à opressão no trato político da questão social que combata a consolidação do Estado Social mínimo. Deixam-se pistas para um movimento global que promulgue o direito a uma educação herdeira dos pressupostos freirianos e da educação permanente.

(…) Mas toda a educação deve tornar-se pessoal (…).
Noutros termos, não é o saber que deve ser inculcado, é a personalidade que deve atingir a sua expansão própria.
O ponto de partida da pedagogia não deve ser o de civilizar, mas o de formar personalidades livres.
Max Stirner in Escritos menores (1842)

Pensar as repercussões da filosofia político-pedagógica de Paulo Freire.

Neste ensaio começaremos por analisar alguns aspetos que balizam a complexa relação hodierna existente entre a pedagogia social e a educação social. Sem pretensões de exaustividade convocaremos alguns dos autores que, em geografias diversas, têm produzido contributos que consideramos válidos para problematizar com autonomia e criatividade um campo de intervenção socioeducativa muito abrangente, que apesar de multiforme tem como unidade na diversidade o reconhecimento de que todos os sujeitos e as suas comunidades são produtores de cultura e história e como tal passam a ser, pelo trabalho do educador social, incitados a serem, eles mesmos, os protagonistas da transformação da sua condição social.

Argumenta-se que parte significativa da profissão de ser educador social passa forçosamente por pensar e interrogar criticamente os conceitos, as perspetivas político-filosóficas e as abordagens teórico-pedagógicas da pedagogia-educação social para assumir, numa praxis social contextualizada, diversos desafios metodológicos, ontológicos e epistemológicos, dialetizando e não dicotomizando, as diversas dimensões contraditórias da realidade social e cultural, num exercício de intervenção que seja capaz de interligar complexamente o local e o global para produzir emancipação social.

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