CADERNOS
do GREI
Numa perspetiva de desenvolvimento humano é equacionado o impacto dos idosos nos sistemas de saúde, adotando-se um princípio geral que assume a necessidade de promover um envelhecimento ativo e saudável da população baseado na iniciativa e participação de todos os membros da sociedade. Finalmente, neste enquadramento, salienta-se o papel da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.
O segredo de uma velhice agradável consiste apenas na assinatura de um honroso pacto com a solidão
Gabriel Garcia Marquez, in Cem anos de solidão
O papel da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados
O envelhecimento pode ser analisado sobre duas grandes perspetivas: internamente, com base no critério que assenta na maior longevidade dos indivíduos, ou seja no aumento da esperança média de vida, e a partir de determinantes externos que podem desencadear perturbações mentais ou comportamentais, associadas por vezes a uma maior discriminação social e vulnerabilidade à pobreza. Ora, o idoso sedentário e isolado socialmente – com um nível de integração social reduzido – apresenta uma esperança de vida significativamente
inferior e uma consequente diminuição da participação ativa, a qual se deve essencialmente à falta de poder económico.
No entanto, a resposta às necessidades das pessoas idosas é muito mais que um problema de números, tratando-se sobretudo de uma questão social, decorrente do percurso evolutivo de envelhecimento que se refletiu no surgimento de novos serviços e instituições, hoje denominados lares, centros de dia e noite, núcleos de apoio a idosos, apoio domiciliário, entre outros. Esta situação deve ser entendida não só em termos financeiros mas também a partir do seu papel social.
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