Grupo de Estudos Interdisciplinares

Conhecer e Prevenir Doenças Cardiovasculares

Created by potrace 1.16, written by Peter Selinger 2001-2019
Cadernos do GREI nº11

CADERNOS

do GREI

As doenças cardiovasculares, principal índice de morbilidade e mortalidade prematura nos países desenvolvidos, têm causas multifatoriais mas resultam normalmente de fatores de risco modificáveis. A sua elevada prevalência justifica que a prevenção mobilize um adequado planeamento dos cuidados de saúde, indissociável da mudança de estilos de vida, no sentido de diminuir a sua incidência e minorar as suas consequências.

Sabemos que as doenças de falta de ar e asfixia são as mais perigosas para o corpo. (…) poderemos recorrer à salsaparrilha para descongestionar o fígado, ao ferro para descongestionar o baço, ao enxofre para os pulmões (…).
Mas nenhum remédio descongestiona tão bem o coração como um bom amigo.
Francis Bacon in Essays (1597)

Fatores de risco e planeamento de cuidados de saúde.

As doenças cardiovasculares (DCV) constituem uma entidade clínica que resulta de diversos fatores e da condição geral de saúde do indivíduo nas suas vertentes biológica, psicossocial, ambiental e educacional. O seu conjunto representa uma das principais causas de mortalidade em todo o mundo, principalmente nos países industrializados, tendo sido, por esse motivo, designado como a doença da civilização.

As DCV têm causas multifatoriais mas resultam, em geral, de fatores de risco (FR) modificáveis; dado o seu carácter multidimensional – e as suas graves consequências para o cidadão, para a sociedade e para o sistema de saúde – estas doenças são consideradas um importante problema de saúde pública. No entanto, os esforços desenvolvidos até agora parecem não estar a surtir os efeitos desejados, já que o número de novos casos continua a aumentar.

Ao enquadrar esta problemática, Lalonde (1974, cit. in Colombo & Aguillar, 1997), propõe que seja utilizado como referencial teórico no campo de saúde um modelo cuja estrutura tem um carácter abrangente, envolvendo entre as suas componentes dimensões referentes não só à biologia humana, mas também àquelas relacionadas com o meio ambiente e com a forma como é organizada a atenção prestada à saúde, assim como aos dados relativos ao estilo de vida.

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